Nesta
semana conversaremos sobre os pacientes polimedicados, aqui definidos como aqueles que utilizam 5 ou mais medicamentos.
Habitualmente estas pessoas são idosas, portadores de mais de uma patologia e
atendidas por mais de um médico.
Na
edição publicada em 23 de março de 2015 do JAMA Internal Medicine, um grupo de pesquisadores australianos propôs um
algoritmo para a “desprescrição” de medicamentos. Isso mesmo! Estes autores
utilizaram da literatura para mostrar que, em muitas situações, a retirada de
um ou mais medicamentos traz benefícios aos pacientes. Por exemplo, a redução
do número de quedas em idosos.
Mostrada
a necessidade, o grupo formado por
médicos, farmacêuticos e enfermeiros validou os passos para que a retirada do
fármaco obedeça a critérios claros e não exponha o paciente a riscos. O
algoritmo é mostrado abaixo:
Segundo
os autores, a “desprescrição” deveria ser considerada especialmente nos
pacientes idosos quando: 1) apresentarem um novo sintoma sugestivo de efeito
adverso da farmacoterapia; 2) manifestarem demência, extrema fragilidade ou
completa dependência dos cuidadores; 3) utilizarem drogas de alto risco; 4)
estiverem recebendo fármacos para patologias que não serão agravadas após a
descontinuação do tratamento;
Claro
que este processo encontrará barreiras, por razões óbvias a indústria
farmacêutica pode não olhar com bons olhos para o processo. Além disso, em
nosso país precisamos fortalecer o vínculo com a classe médica para pensar
neste serviço em hospitais ou clínicas. Por outro lado, os residenciais
geriátricos podem ser um bom ponto de partida, uma vez que possuem equipe
médica e todo o interesse em melhorar a qualidade de vida dos seus
pacientes.
Por
fim, gostaria de saber se existe algum
ponto do texto que você em interesse que seja aprofundado. Em caso positivo,
deixe um comentário!
Um abraço e até semana que vem.